A história do Fusca começa em um ambiente bem turbulento, lá na Alemanha dos anos 1930. A ideia era criar um carro acessível para o povo, um “Volkswagen”, que literalmente significa “carro do povo”. E quem recebeu a missão de transformar essa visão em realidade foi o conhecido engenheiro Ferdinand Porsche.
Porsche e sua equipe desenvolveram um design que priorizava a simplicidade, a robustez e a economia. Pensaram em um carro que pudesse enfrentar estradas ruins, que fosse fácil de manter e que consumisse pouco combustível. O resultado foi um carro com motor traseiro refrigerado a ar – uma inovação para a época –, suspensão independente e um formato arredondado inconfundível, que logo lhe renderia o apelido de “besouro” em vários cantos do mundo, mas, na verdade, seria o famoso fusca.
Embora o início da produção em massa tenha sido adiado pela Segunda Guerra Mundial, o Fusca renasceu com força total no pós-guerra, tornando-se um símbolo da recuperação alemã. A partir da década de 1950, sua popularidade explodiu.
O segredo do Fusca não era a velocidade, nem o luxo, mas sim sua confiabilidade e manutenção fácil. Qualquer mecânico de esquina sabia como lidar com um Fusca. Ele era o carro do estudante, da família que começava a vida, do vendedor ambulante, e até do aventureiro que queria cruzar continentes. Sua fama de “carro indestrutível” se espalhou como um rastilho de pólvora.
No Brasil, o Fusca chegou em 1950 e rapidamente se tornou um fenômeno. Começou a ser montado aqui em 1953 e, em 1959, a Volkswagen inaugurou sua fábrica em São Bernardo do Campo, iniciando a produção 100% nacional. Foi paixão à primeira vista! Para os brasileiros, ele não era apenas um carro; era parte da família. Ganhou apelidos carinhosos, como “Fusquinha”, e se tornou o veículo mais vendido do país por décadas a fio.
Mesmo com as décadas passando e a concorrência aumentando, o Fusca resistiu. Recebeu pequenas atualizações visuais e mecânicas, como os faróis maiores ou o para-brisa ligeiramente curvo, mas sua essência permaneceu intocada. Ele era como um bom amigo: sempre ali, fiel e presente.
JK aproveitou a fama de pai da indústria automobilística brasileira e desfilou a bordo de um fusca conversível.
Apesar de sua popularidade global, a produção do Fusca foi sendo descontinuada na maioria dos países nas décadas de 1970 e 1980, à medida que novos modelos da Volkswagen surgiam. No Brasil, ele parou de ser fabricado em 1986, para grande tristeza dos fãs. Contudo, em 1993, para a alegria geral da nação, o Fusca teve um breve e nostálgico retorno com a série “Fusca Itamar”, a pedido do então presidente Itamar Franco. Essa produção durou até 1996.
Mas a verdadeira “última parada” do Fusca original no mundo foi no México, onde ele era conhecido como “Vocho”. Lá, a produção continuou firme e forte até o dia 30 de julho de 2003. Naquele dia, o último Volkswagen Sedan (nome oficial do Fusca no México) saiu da linha de montagem em Puebla, marcando o fim de uma era gloriosa que durou mais de 65 anos e produziu mais de 21 milhões de unidades.
Mesmo fora de linha há anos, o Fusca continua vivo em nossos corações, nas ruas (como um clássico admirado!) e nas histórias de muitas famílias. Ele representa mais do que um meio de transporte; é um símbolo de simplicidade, resistência, acessibilidade e, acima de tudo, de um design que transcendeu o tempo e as tendências.
Em 1993, por sugestão de presidente Itamar Franco, a Volkswagen voltou a produzir o Fusca – que ficou conhecido como “Fusca do Itamar”.
O governo promulgou a “Lei do Carro Popular”, que previa incentivos e isenções fiscais para veículos com motores 1.0 e, especificamente, para modelos refrigerados a ar como o Fusca e a Kombi (mesmo possuindo motor 1.6).
É por isso que, para nós, amantes de clássicos, o ronco suave de seu motor boxer e suas curvas amigáveis nunca sairão de moda. O Fusca não é apenas um carro; é um pedaço da nossa história, um verdadeiro patrimônio sobre rodas.
O “Fusca Itamar” não obteve o sucesso esperado em vendas. Muito disso se deveu à concorrência de modelos novos, como Fiat Uno Mille e Chevrolet Corsa, que ofereciam mais conforto e preço similar.
O acabamento simples diante dos concorrentes da época foi um ponto muito criticado, apesar das melhorias implementadas – porém, o impacto maior veio da política de preços e posicionamento da Volkswagen.
A produção do Fusca foi encerrada novamente em 1996.
Fonte: Livro, Automóveis do Brasil – Marcas que o Tempo Não Apaga.
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